25 julho, 2022

Matéria da semana - Como Transformar o Ciúme em Tesão

 


Esse é um dos assuntos que mais trazem preocupação pra quem começa no meio: o que eu vou fazer com meu ciúme? Ou mesmo, como é que se faz swing sendo tão ciumento? E vira e mexe eu trago o ciúme em pauta para lembrar os ciumentos de plantão que tudo é possível – inclusive uma pessoa que sofre com ciúme viver lindos relacionamentos liberais.




Optei pela palavra “sofre” porque uma das primeiras coisas a entender para superar esse sentimento é que existem os ciumentos que se orgulham do ciúme e os ciumentos que sofrem por causa dele. Quem sofre com ciúme sabe que se trata de um sentimento que corrói, que destrói e não quer mais sentir dor – mas não sabe como. Quem se orgulha em ser ciumento acredita que ciúme é sinônimo de amor, indispensável para qualquer relacionamento; e quanto maior o ciúme, maior é o amor.



Ciúme não é amor









Sinto muito em quebrar essa ilusão mas é preciso deixar claro: ciúme não tem nada a ver com amor! Ciúme é um sentimento egoísta, usado para proteção de si mesmo e de coisas que a pessoa não quer perder. Amor é o oposto disso: amor é doação, altruísmo, olhar para o outro, querer o bem do outro mesmo que não seja bom pra você.

Exemplo maior de amor: mãe/pai – filhos. Não há um pai ou mãe que, tendo pouca comida em casa, comeria primeiro e só então daria comida ao filho. Pelo contrário: os filhos sempre vêm em primeiro lugar e os pais, por mais que sofram, ficam felizes em ver os pequenos felizes. Mas, estranhamente, quando trazemos o conceito de amor para as relações ‘amorosas’, ele se transforma em algo muito mais próximo de posse do que outra coisa.




“O apego diz: ‘Eu te amo, por isso eu quero que você me faça feliz.’ E o amor genuíno diz: ‘Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, ótimo! Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.’ É portanto um sentimento bem diferente. O apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. Não é ficar preso com força. Quanto mais agarramos o outro com força, mais nós sofremos. Porém, é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque eles pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro. Mas não é isso. Elas realmente estão apenas tentando prender algo porque elas têm medo de que, se não for assim, elas é que acabarão se ferindo.” Jetsunma Tenzin Palmo.



Sentir x Agir



Na prática, superar o ciúme tem a ver com escolha. Você pode não controlar quando o sentimento vai aparecer, mas você é responsável por suas ações quando ele aparece, entende? O ciumento sempre vai encontrar gatilhos – em tudo quanto é lugar – que acabam despertando o ciúme. Mas o que ele vai fazer com isso é o que diferencia um feminicida, por exemplo, de um parceiro compreensivo: um decide agredir, outro decide compreender.



Alguns swingers sugerem que a chave para vencer o ciúme é tranformá-lo em tesão. A atividade é relativamente simples de explicar e entender, mas exige honestidade e reflexão constante para funcionar.


Para cada situação que desperta o ciúme há um pensamento automático, que aparece na cabeça do ciumento sem ele querer – quando vê já tá lá pensando naquilo. O grande lance é transformar esse pensamento automático – que quase nunca reflete a realidade – por um pensamento mais adequado à situação vivida. Veja exemplos na tabela:





Você pode baixar essa tabela, completá-la com situações que você vive no swing que te despertam ciúme e incluir pensamentos que você deseja ter no lugar dos automáticos que você vem tendo. E lembre-se de trocar esses pensamentos quando estiver vivendo uma situação de ciúme na prática. Assim você “ensina” seu cérebro a pensar de uma foma mais adequada à sua realidade até que o pensamento adequado vire automático.

Espero que ajude, boa sorte a todos e me conta depois se deu certo, ta bom?


Fonte da matéria: Blog Swing Casal Marina e Marcio | Swing, Eventos, Viagem








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