Depravação? Libertinagem? Bizarrice? Longe disso: as fantasias sexuais são saudáveis.
Anormal é não ter nenhuma.
Patrícia atinge rapidamente o orgasmo quando imagina estar sendo estuprada. Carlos gosta de pensar que está transando com uma garota de 16 anos. João vai às alturas quando pede para prostitutas urinarem nele. Para se excitar, Patrícia, Carlos e João lançam mão de fantasias sexuais. Você pode achar esses personagens um pouco pervertidos – fomos acostumados em uma sociedade onde temos que seguir um script, a mulher tem que ser casada e de um homem só, o marido é o centro da casa e se sai com outras mulheres fora do seu relacionamento ele é o pegador, já a mulher se ela entra em relacionamento extra conjugal ela é puta , fada etc..
vivemos em uma sociedade complexa que, quer ditar a maneira de andar pensar, ser e agir.
Tente olhar no espelho: você nunca teve uma fantasia? Vamos lá: você prefere um companheiro(a) de coxas grossas e peito grande, ou um parceiro(a) frágil, minhonzinho? Você se liga mais numa figura que tome a iniciativa ou curte uma pessoa mais passiva? Temos preferência por traços físicos e temperamentais e isso não acontece por acaso. Elas também implicam alguma forma de fantasia. Em maior ou menor escala, quando o negócio é sexo, todos nós recorremos a fantasias, mundanas ou bizarras. O legal é saber como elas funcionam e tirar o maior proveito da situação.
Esse mundo onírico é criado por nós, voluntária ou involuntariamente, para compensar as forças negativas, “broxantes”, que brotam dos nossos medos, culpas ou preocupações.
São sentimentos que a gente carrega desde a infância. Se você sente vergonha do seu corpo, por exemplo, fica difícil relaxar e curtir o sexo. Digamos que você se preocupe demais com o prazer do outro: o risco é esse tormento tomar conta e você esquecer o próprio tesão.
Ou então vai que você se sinta um egoísta, ou até meio bruto, na hora do vamos ver: aí vem a culpa e derruba sua libido.
Na cabeça, você ainda pensa em transar, certo? Mas o que fazer se um ou outro desses sentimentos joga o tesão para escanteio?
Com a fantasia, você “esquece” a vergonha, a preocupação ou a culpa. é o seguinte: a fantasia ajuda a criar um ambiente no qual nos sentimos seguros para deixar aflorar nossa excitação.
Segurança, como se sabe, é tudo o que sempre buscamos desde o nascimento. E segurança emocional é uma das metas mais preciosas. O conceito de segurança é a base da teoria da excitação sexual
As fantasias, portanto, são saudáveis, libertadoras. “O fato de que atitudes não-convencionais como sadomasoquismo, exibicionismo ou fetichismo podem excitar algumas pessoas é uma prova do poder criativo da psique humana de dar prazer a si mesmo(a) das maneiras mais incomuns, enquanto se mantém protegida”.
O exercício da fantasia, no plano mental ou no plano prático, varia de pessoa para pessoa, mas ninguém ao certo sabe por que alguns indivíduos põem seus devaneios em prática e outros, não. Em parte, isso depende da densidade dos conflitos individuais e mesmo do grau de iniciativa de cada um, uma fantasia nem sempre deve redundar em uma experiência real.
No caso de partir para a prática, o ideal é que os parceiros tenham intimidade suficiente para se sentir à vontade – isto é, liberados para pensar na própria excitação, mesmo que isso acarrete ser rude, bruto.
A excitação sexual requer inerentemente uma capacidade de deixar todo tabu e tudo oque aprendemos na sociedade em que vivemos, e deixar tudo de lado para curtir o momento sem culpa ou medo, de que as pessoas pensam ou falam ou vão falar de você.
A teoria
Afinal, o que há de tão ruim e perigoso na infância que devemos combater? Na infância, consolidamos o que.
São convicções irracionais, inconscientes, que agem contra nossos interesses comportamentos autodestrutivos, por exemplo ,quando nos deparamos com o perigo de perder a proteção dos pais, seu amor.
Desde cedo, fazemos de tudo para deixar nossos pais felizes e evitar assim uma eventual ruptura com eles. Por exemplo, se o pai é negligente, a criança sente ameaçada a ligação que os une. O que ela faz? Ela acaba mudando as únicas coisas sobre as quais tem controle:
Seus pensamentos e sentimentos. Ela tenta fazer o ambiente parecer normal para se sentir segura nele. No caso citado, ela passa a achar natural a falta do pai. “Ela passa a achar que solicitar uma atenção especial é proibido, é pedir demais.
Como faz parecer que a culpa é dela, não de seus pais.
Parece que ela quer demais. Assim, a criança busca manter a segurança no relacionamento familiar. Essas experiências fazem surgir crenças patológicas que nos induzem a pensar que, se perseguirmos nossos objetivos, estaremos arriscando ou ameaçando nossa segurança psicológica.
A sensação de culpa é apenas uma dessas crenças patogênicas.
Vergonha, rejeição, desamparo e autodestruição são outros sentimentos da lista. Há duas culpas mais comuns:
A- De magoar a quem amamos se formos mais felizes ou mais bem-sucedidos que eles.
B- De ferir ou esvaziar nossa família
O apego aos próprios devaneios e, por extensão, uma certa “coisificação” do parceiro são necessários para a excitação – mas também é preciso pegar leve com esses sentimentos.
Para atingir o prazer máximo, o ideal é haver uma certa tensão entre ser egoísta e cuidadoso, entre usar o parceiro e dar prazer a ele. O problema surge quando um dos envolvidos não consegue nenhum grau de impiedade, por isso é muito importante conversar e saber os limites um do outro.
Fantasias mais comuns
Preferências por tipos físicos
• Homens altos: simbolizam força, alguém que dificilmente será ferido ou magoado e de quem o parceiro pode depender. Para uma mulher que suspeita poder esmagar um cara (em vários sentidos), esse atributo a deixaria bem mais tranqüila para curtir o próprio tesão.
• Mulheres gordas: podem simbolizar fartura, abundância, fertilidade. Uma pessoa que se excita com esse biótipo imagina que a mulher tenha muito a dar, especialmente em atributos maternos; que seja alguém capaz de neutralizar seus sentimentos de privação.
Para ele (ou ela), essa mulher pode ser uma pessoa tão cheia de recursos que é incapaz de ser ferida, daí mitigando seu sentimento de culpa. Ele (ou ela) também pode pensar: “Com esse tamanho, ela não tem do que reclamar...” e se sentir mais leve para se excitar.
• Peitos grandes: também podem simbolizar a mulher com muito para dar, compensando sentimentos de privação e desligamento. Homens com certo desdém secreto por mulheres – que se sentem culpados por esse sentimento – podem inconscientemente exagerar sua admiração pelo atributo mais óbvio da feminilidade, os seios.
• Pênis grande: esse fetiche simboliza, antes de tudo, força. Um homem forte neutraliza várias culpas. Mais: quando uma pessoa fala em “ser arrombada” ou “preenchida”, pode estar tratando com simbolismos de satisfação, abastecimento, cuidado – sensações que combatem sentimentos de privação.
Quando falamos de fantasias fetiches a uma infinita gama pois todo ser humano tem o seu próprio jeito de ser e de pensar, oque é errado pra um para o outro pode ser certo, aqui postamos só alguns fetiches e ou fantasias.